Clima nos EUA, atraso do plantio no Brasil e negociações entre China e EUA devem ser monitorados pois ainda podem influenciar o mercado
A soja fechou esta quinta-feira (10) com leves baixas, de 0,25 a 0,5 ponto pra baixo. Para o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, este foi um movimento pontual e o viés para os preços da soja na Bolsa de Chicago segue positivo. Há ainda uma interrogação sobre a demanda chinesa no mercado norte-americano, porém, com boas perspectivas.
Nesta quinta, o USDA, além de seu boletim de oferta e demanda trouxe ainda o anúncio de uma nova venda de soja para a China de 398 mil toneladas da safra 2019/20, além de reportar as vendas semanais para exportação bem acima das expectativas do mercado. Na semana encerrada em 3 de outubro, os EUA venderam 2.092,5 milhões de toneladas de soja da safra 2019/20. O mercado esperava algo entre 1,3 e 1,8 milhão de toneladas.
Os traders também seguem acompanhando as questões climáticas nos Estados Unidos. Ainda segundo Araújo, as condições de frio intenso e de nevascas e geadas que já têm sido registradas em áreas do Corn Belt podem prejudicar ainda mais a nova safra de soja dos EUA, além de comprometer o bom andamento da colheita da oleaginosa.
A safra de soja foi revisada para baixo ficando em 96,62 milhões de toneladas, contra 98,87 milhões do boletim de setembro. A produtividade caiu de 53,68 para 52,56 sacas por hectare. Mais do que isso, o USDA corrigiu ainda a área plantada e colhida com a oleaginosa no país. Os números vieram em 30,96 e 30,59 milhões de hectares, contra 31,04 e 30,72 milhões, respectivamente, em setembro.
Os estoques finais da safra nova também foram consideravelmente reduzidos para 12,52 milhões de toneladas, contra 17,42 milhões do boletim anterior.
Notícias Agrícolas – 10/10/2019