Na última semana, a Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) participou de um importante Dia de Campo promovido pela BASF (Empresa de Defensivos Agrícolas e Sementes), na Estação Experimental Staphyt, na Fazenda Larga, em Formosa, Goiás. A visita teve como tema principal a mancha-alvo, uma doença fúngica que tem causado grandes prejuízos, principalmente nas culturas de soja e algodão, em diversas regiões do Brasil.

O que é a Mancha-Alvo?
A mancha-alvo é uma doença causada pelo fungo Corynespora cassiicola, que afeta principalmente as folhas das plantas. Ela é caracterizada por manchas circulares, com centros amarelados e bordas mais escuras, que comprometem a fotossíntese e reduzem a capacidade de desenvolvimento das plantas. Embora seja uma doença que afeta de forma mais severa a soja e o algodão, ela tem se tornado uma preocupação crescente nas lavouras brasileiras.
Embora a mancha-alvo não seja uma ameaça significativa para a cultura do milho, sua presença nas lavouras de soja merece atenção. No Brasil, cerca de 80% das lavouras de milho são cultivadas após a soja, o que faz com que o manejo das doenças na soja tenha reflexos diretos no milho. O controle adequado das doenças na soja ajuda a evitar a propagação de patógenos que podem afetar as lavouras subsequentes, como o milho, garantindo que o sistema produtivo como um todo permaneça saudável e produtivo.

O grande desafio no manejo de doenças como a mancha-alvo está em adotar uma visão integrada, que leve em consideração as interações entre diferentes culturas no mesmo ciclo agrícola. A troca de experiências e o uso de tecnologias eficazes de controle de doenças são essenciais para garantir que o solo, as plantas e o ambiente como um todo sejam preservados. A integração de práticas agrícolas responsáveis e o monitoramento constante das lavouras são fundamentais para evitar perdas e garantir a sustentabilidade da produção.

O controle eficaz de doenças como a mancha-alvo não deve ser limitado apenas à cultura diretamente afetada, mas deve ser pensado de forma mais ampla, considerando o impacto nas lavouras subsequentes. A realização de eventos como o dia de campo promovido pela BASF é uma excelente oportunidade para fortalecer o conhecimento sobre o manejo integrado de doenças, garantindo a saúde das lavouras e a produtividade de todo o sistema agrícola.