Cotações estão em queda na exportação e no mercado interno
De acordo com a TF Agroeconômica, o ideal era ter vendido o milho, mas agora essa já não é uma boa ideia. “Agora, é esperar que um fato novo eleve as cotações novamente acima do custo de produção e vender tudo, antes que caia novamente. Como a safrinha no Brasil ainda não foi plantada, tudo pode acontecer ainda e nada está garantido”, comenta.
Uma informação importante é de que as cotações estão em queda na exportação. “As cotações do milho na B3 vinham subindo desde setembro passado,mas, neste mês de janeiro, começaram a andar para o lado (vide gráfico do Milho na B3 abaixo) e, nesta semana,depois do anúncio do relatório da Conab, aumentando significativamente os estoques finais do produto,começaram a despencar”, indica.
“Esta pressão ganhou força com o anúncio do USDA, dois dias depois, que aumentavam também os estoques mundiais e os estoques nos EUA. Com isto, os compradores, tanto internos quanto externos, se sentem mais tranquilos, não necessitando fazer aumentos de preço para adquirir a mercadoria”, completa.
Além disso, as cotações estão em queda também no mercado interno, comprometendo a lucratividade. “Ora, os custos de produção do milho da primeira safra, calculados pelo DERAL-PR, estão por volta de R$ 57,50/saca, para uma produtividade de 140 sacas/hectare, mas os atuais níveis de preço do milho, pagos aos agricultores (vide tabela acima) no Brasil,estão, em média, entre R$ 55-60/saca no RS, R$ 51,00 no Paraná, R$ 44,50 no MS, R$ 39,00 no MT, R$58,00 em Santa Catarina, mostrando que a lucratividade está seriamente comprometida”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 15/01/2024