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A sessão desta quinta-feira (1) foi de volatilidade aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após operar dos dois lados da tabela, as principais posições da commodity encerraram o pregão com ligeiras altas entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento março/18 era cotado a US$ 3,61 por bushel e o maio/18 era negociado a US$ 3,70 por bushel. “Os fortes dados de vendas semanais, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), compensaram a grande pressão negativa exercida pelos futuros da soja”, informou a Reuters internacional.
Ao contrário da soja, as vendas de milho ficaram em 1,85 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 25 de janeiro, acima das estimativas do mercado. As apostas dos traders estavam entre 1 milhão a 1,7 milhão de toneladas. O número representa uma alta de 28% em relação à semana passada e de 93% no comparativo com as últimas quatro semanas. Até o momento, as vendas de milho chegam a 32.251,9 milhões de toneladas. O volume ainda está abaixo do registrado em igual período do ano anterior, de 40.217,6 milhões de toneladas.
Por outro lado, o comportamento do clima na Argentina ainda segue no radar dos investidores e influenciando o andamento das negociações em Chicago. As previsões climáticas ainda indicam a continuidade das altas temperaturas e das chuvas escassas nos próximos dias. Porém, a partir da próxima semana as previsões climáticas voltaram a indicar chuvas nas principais regiões de produção no país. “A chuva deve ocorrer em praticamente todas as regiões produtoras. Não serão chuvas volumosas, mas suficientes para elevar os níveis de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras”, informou a Climatempo.
Ainda nesta quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reportou que o plantio do cereal chegou a 96,7% da área prevista nesta temporada. O plantio do cereal se concentrou no norte da área agrícola nacional, que já se encontra na última semana de janela ideal de cultivo.
Mercado interno
De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a quinta-feira foi de estabilidade aos preços do milho nas principais praças do país. O preço recuou 3,57% em Luís Eduardo Magalhães (BA), com a saca do cereal a R$ 27,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço caiu 2,33% e encerrou o dia a R$ 21,00. Ainda segundo explicam os analistas, a colheita da safra de verão mais lenta por conta das chuvas tem dado suporte aos preços do cereal. Além disso, o mercado exportador também tem sustentado as cotações no mercado doméstico.
A INTL FCStone estimou a produção brasileira em 23,87 milhões de toneladas, ante 23,44 milhões na previsão anterior na primeira safra. “Esse aumento decorreu de uma revisão da produtividade. Entretanto, no caso do cereal, as expectativas são de que o clima mais seco do Rio Grande do Sul possa prejudicar o potencial produtivo, com uma produtividade menor que no ciclo anterior”, explicou a Ana Luiza, analista de Inteligência de Mercado da INTL FCStone.
A especialista ainda reforçou que há muitas dúvidas sobre a safrinha de milho. “Uma parte importante das lavouras deve acabar sendo semeada fora do melhor período, com os atrasos no plantio da soja e também com as chuvas pesadas que vêm ocorrendo durante a colheita a oleaginosa”, completa.
Fonte: Notícias Agrícolas