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Pelo segundo dia consecutivo, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Durante o pregão desta terça-feira (25), as principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o dia com quedas entre 8,25 e 8,50 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,68 por bushel e o dezembro/17 a US$ 3,82 por bushel. O março/18 trabalhava a US$ 3,93 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado foi pressionado pela perspectiva de melhora no clima no Meio-Oeste dos EUA. Desde o último final de semana, algumas regiões do Corn Belt têm recebido chuvas.
Os últimos mapas meteorológicos mostram tempestades para Minnesota e Dakota do Sul nesta terça-feira e para Iowa e Illinois na quarta-feira.
Entre os dias 1 a 7 de agosto, os mapas indicam temperaturas mistas no Corn Belt. Em algumas localidades, as temperaturas ficarão acima da média e, em outras, abaixo da normalidade. Ainda no mesmo período, as chuvas ficarão abaixo da média, conforme dados do NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 64% para 62%, em seu boletim de acompanhamento de safras. Cerca de 26% das lavouras do cereal apresentam condição regular e 12% têm condições ruins ou muito ruins.
“O clima nos EUA continua sendo o fator que impulsiona os mercados. As previsões parecem um pouco mais benéficas para a cultura do milho. A perspectiva é que as chuvas contribuam para o desenvolvimento das lavouras do cereal”, reportou a Reuters internacional.
O comportamento do clima permanece no foco dos participantes do mercado, uma vez que grande parte das lavouras se encontra na fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura. “Nesta época do ano, são as previsões meteorológicas acima de tudo que determinam o que acontece nos mercados agrícolas”, disse o Commerzbank em nota divulgada pela Reuters.
Mercado brasileiro
No mercado interno, a terça-feira foi de ligeira movimentação aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor subiu 3,57% em Campo Novo do Parecis (MT), com a saca do cereal a R$ 14,50.
Ainda no estado mato-grossense, em Tangará da Serra, a valorização ficou em 3,23%, com a saca a R$ 16,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), a alta ficou em 3,33%, com a saca do milho a R$ 15,50.
Por outro lado, em Brasília, a perda foi de 1,03%, com a saca a R$ 19,30. Em Campinas (SP), a queda ficou em 0,39% e a saca a R$ 25,30.
Os analistas ainda reforçam que no mercado interno, as atenções estão voltadas para os trabalhos de colheita da segunda safra. No maior estado produtor, Mato Grosso, a colheita já está completa em 75,19% da área semeada nesta safra, segundo o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Além disso, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) permanece com as operações de apoio à comercialização. Apesar das medidas, alguns produtores ressaltam a dificuldade de fechar o prêmio das operações.
Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal recuaram nesta terça-feira. As principais posições do cereal finalizaram o dia com perdas entre 0,36% e 1,97%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,01 a saca e o novembro/17 a R$ 27,80 a saca.
As cotações acompanharam as perdas registradas no mercado internacional. Paralelamente, o dólar avançou 0,63% nesta terça-feira e encerrou o dia a R$ 3,1674 na venda. Conforme dados reportados pela Reuters, os investidores trabalham em compasso de espera antes do desfecho dos encontros de política monetária dos bancos centrais dos EUA e do Brasil.
Fonte: Notícias Agrícolas