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OS dias sem chuva em regiões produtoras têm ajudado no avanço da colheita da segunda safra de milho no Centro-Sul.
A colheita de milho safrinha no país avança e quem puxa o ritmo dos trabalhos é Mato Grosso, com 31,7% da área colhida. Após a primeira quinzena de junho chuvosa, o tempo firme tem favorecido a colheita e reduzido os problemas com qualidade. Em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá), a produtividade varia de 100 a 140 sacas por hectare. Por lá, há relatos de problemas pontuais com milho avariado. Além disso, a preocupação com a falta de espaço nos armazéns é grande em razão do volume de soja que ainda está estocado e da previsão de grandes volumes do cereal que começam a sair do campo e também precisam ser acondicionados. Os dias sem chuva em regiões produtoras têm ajudado no avanço da colheita da segunda safra de milho no Centro-Sul. Segundo o levantamento da AgRural, até a virada do mês, a colheita chegou a 16,2%. Apesar do avanço semanal de 6,8 pontos, o índice está atrás dos 20,5% registrados há um ano devido ao atraso na colheita em alguns estados.
Em Goiás, 16% foram colhidos. No sudoeste, os trabalhos começam a ganhar ritmo e a movimentação só não é maior porque o produtor espera o grão perder umidade no campo para evitar descontos. Em Minas Gerais, 12,7% foi colhido. No sul do Triângulo Mineiro, algumas áreas apresentam perdas de até 10 sacas por hectare devido ao ataque da cigarrinha, mas há quem estime que a produtividade média fique entre 95 e 100 sacas por hectare.
Em Mato Grosso do Sul, a colheita está em 2,5%. Apesar do tempo bom, a maioria aguarda o cereal perder umidade para colher e diminuir os gastos com secagem. Com a expectativa de safra cheia, a preocupação com a falta de espaço nos armazéns também é grande. Em São Paulo, o plantio foi lento e isso reflete na colheita, que ainda não chegou a 1%, bem atrás dos 20% do mesmo período do ano passado. No Paraná, a colheita está em 3,8%, contra 17,1% há um ano. Na região oeste, a demora no plantio e a chuva no inicio do mês atrasaram o início da colheita. Agora, os produtores têm aproveitado o tempo bom para iniciar os trabalhos, que tem mostrado bons resultados na produtividade e qualidade. Em áreas semeadas no fim de fevereiro, após a janela ideal, pode haver redução no potencial produtivo devido ao ataque de doenças.
Fonte: Diário de Cuiabá