“Os contratos futuros de milho passaram grande parte de dezembro subindo”
Sem a cotação do dólar por causa dos feriados de final de ano, o mercado de milho exportação do Brasil esteve travado nesta sexta-feira, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro avançou para $ 65/bushel, julho23 subiu para $ 95 cents/bushel e agosto23 para $95/bushel e setembro não foi cotado”, comenta.
Traders ficaram cautelosos em elevar o contrato mais líquido além de US$ 6,80 por bushel. “O mercado está sobrecomprado, e a movimentação de grãos no mercado à vista nos EUA pesou sobre os preços físicos”, disse Doug Bergman, da RCM Alternatives, em nota.
“Os contratos futuros de milho passaram grande parte de dezembro subindo, mas parecem ter se estabilizado no fim do mês. Traders acreditam que os futuros podem cair no início de 2023, embora desdobramentos inesperados do Mar Negro ou da China possam mudar isso. Como os preços de exportação do milho são baseados em Chicago, isto poderia afetar o Brasil. A recomendação, então seria seguir os prêmios, que compensariam as quedas das cotações”, comenta a TF.
Argentina tem preços praticamente equivalentes das várias origens, no mercado final CIF. “Os preços aproximados do trigo argentino para o comprador brasileiro seriam ao redor de US$ 314 para janeiro, US$ 312 para fevereiro e US$ 304 para abril e maio. Os preços flat do milho permaneceram em US$ 322 FOB nos EUA, a US$ 315 FOB Up River, na Argentina e a USD$ 314 FOB Santos, no Brasil”, indica.
No Paraguai as exportações ainda mostram interesse por milho de qualidade. “Sem mudança nos negócios de milho, alguns negócios específicos ainda aparecem no mercado local e nas exportações, indicando também ofertas de milho de qualidade, os níveis de exportação estariam pagando em torno de $250 nos 9 portos de Asunción e nas indústrias locais por um milho de qualidade inferior aproximadamente $180”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 02/01/2023