A Argentina tem preços praticamente equivalentes
Alguns fatores externos acabaram influenciando no aumento dos prêmios brasileiros de milho para exportação, de acordo com o que informa a TF Agroeconômica. “O prêmio de dezembro avançou para $ 65/bushel, julho23 subiu para $ 95 cents/bushel e agosto23 para $95/bushel e setembro não foi cotado”, comenta.
“Notícias recentes da América do Sul têm prêmios FOB para Argentina, Brasil e Golfo dos EUA em paridade para entrega em fevereiro. Aparentemente, a recente queda do dólar americano de quase 10% desde o final de setembro já está tendo um impacto benigno nas recentes e sombrias exportações de milho dos EUA”, completa.
Isso, juntamente com a flexibilização das restrições da Covid na China, faz prever um aumento extremamente necessário nas exportações de grãos dos EUA no primeiro trimestre de 2023. “Além disso, uma safra sul-americana esgotada, devido à seca extrema da Argentina, injeta alguns fundamentos positivos de oferta/demanda no mercado de milho – que notavelmente se manteve abaixo de US$ 7,00, apesar das exportações quase inexistentes e da reabertura do Corredor Rússia-Ucrânia. De fato, o baixo nível de estoques finais em 6 a 7 anos continua a apoiar o mercado a preços historicamente elevados – e eles podem não ser altos o suficiente em 2023, caso as exportações normais sejam retomadas e a seca argentina piore!”, indica.
A Argentina tem preços praticamente equivalentes das várias origens. “Os preços flat do milho subiram para US$ 322 FOB nos EUA, recuaram para US$ 315 FOB Up River, na Argentina e subiram para USD$ 314 FOB Santos, no Brasil”, informa.
“Nos últimos sete dias foram registradas chuvas em várias partes do país que permitiram continuar com os trabalhos de plantio. Depois de um progresso semanal de 11,1 pontos percentuais, o progresso no trabalho o plantio já cobre 62,9% dos 7.300.000 Ha projetados para a safra 2022/23. Até o momento, o atraso ano a ano fica em 7,8 p.p”, conclui.
Leonardo Gottems
AGROLINK – 30/12/2022