“Então a tendência do preço do milho não é de alta”
Os compradores de milho no Brasil estão bem à vontade para ficar fora de mercado, pressionando os preços para baixo a curto e médio prazos, enquanto esperam aumentar a pressão de venda de milho safrinha, segundo afirmou a T&F Consultoria Agroeconômica. A safrinha deverá começar a ser colhida no Paraná na segunda metade de julho, tendo atrasado um pouco devido à falta de chuvas no início do plantio.
“Então a tendência do preço do milho não é de alta a curto, médio ou longo prazos. A única forma de os preços subirem seria uma alta muito acentuadas do dólar, que puxasse os preços de exportação, mas que também não está no radar, por enquanto. Ao contrário, com as economias mundiais voltando aos poucos à normalidade, a tendência é o dólar não ter a demanda que teve durante a pandemia”, comenta a consultoria.
No mercado internacional, as cotações do milho permaneceram estáveis nesta semana na Bolsa de Chicago, segundo informações divulgadas pela ARC Mercosul. “Relatório do USDA trouxe poucas alterações ao mercado, com foco se mantendo sobre o clima nos EUA. Previsões apontam para tempo seco nos próximos 10 dias, com retorno de chuvas nas principais regiões americanas no final de Junho. Risco de perdas permanece muito baixo nos EUA. Na Argentina, colheita alcançou 61% nesta semana. Produção em 50 milhões de toneladas”, indica.
Na B3, é possível notar estabilidade nos preços. “Altas do dólar foram insuficientes para puxar as cotações, afetadas pelo avanço da colheita da safrinha, que chegou a 5% concluída, se mantendo acima da média dos últimos 05 anos, porém abaixo dos 10% registrados em 2019”, conclui.
AGROLINK – 15/06/2020