Mercado aguarda detalhes sobre acordo comercial entre China e EUA
A estabilidade marcou presença na Bolsa de Chicago (CBOT) para os preços internacionais do milho futuro ao longo desta terça-feira (14). As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,75 pontos negativos.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,89 com queda de 0,50 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,96 com perda de 0,25 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 4,02 com baixa de 0,50 pontos e o setembro/20 teve valor de US$ 4,02 com desvalorização de 0,75 pontos.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última segunda-feira, para o março/20, maio/20 e para o julho/20, além de queda de 0,25% para o setembro/20.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram enquanto os corretores aguardavam a assinatura do acordo comercial da Fase 1, que poderia reabrir o gigante mercado da China às exportações de grãos e produtos agrícolas dos Estados Unidos.
Relatórios dizem que a China concordou em aumentar enormemente as importações de alimentos e produtos agrícolas dos EUA, mas o texto do acordo proposto não foi divulgado, deixando os mercados incertos.
“Os mercados estão flutuando hoje até vermos a assinatura real do acordo comercial da Fase 1 entre os EUA e a China e, crucialmente, os detalhes reais do acordo, pois ainda não sabemos quase nada”, disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities do INTL FCStone.
“A demanda de exportação foi decepcionante e o etanol e outras demandas industriais começaram a melhorar, mas enfrentam um caminho incerto pela frente. Grande parte da demanda aprimorada de etanol será vista quando, e se, a China começar a comprar”, aponta o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a terça-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Dourados/MS (1,14% e preço de R$ 43,50).
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Pato Branco/PR (1,21% e preço de R$ 41,70), Ubiratã/PR (1,25% e preço de R$ 40,50), Londrina/PR (1,25% e preço de R$ 40,50), Não-Me-Toque/RS (1,27% e preço de R$ 40,00), Assis/SP (2,30% e preço de R$ 44,50), Palma Sola/SC (2,44% e preço de R$ 42,00), Ponta Grossa/PR (2,44% e preço de R$ 42,00) e Rio do Sul/SC (5% e preço de R$ 42,00).
Notícias Agrícolas – 14/01/2020
Paraná pede prorrogação do prazo de plantio de milho safrinha
O setor produtivo do Paraná pediu ao Ministério da Agricultura mais 20 dias além do prazo usual de semeadura para implantar as lavouras de milho segunda safra no Estado.
Em nota, a Secretaria de Agricultura diz que a solicitação, assinada pelo secretário Norberto Ortigara, pelo presidente da Organização das Cooperativas (Ocepar), José Roberto Ricken, e da Federação de Agricultura (Faep), Ágide Meneguette, justifica o pedido pelas condições climáticas adversas (altas temperaturas e falta de chuvas) que retardaram a semeadura da soja no Estado.
“A consequência é o atraso da colheita, impedindo o plantio do milho safrinha dentro do melhor período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC)”, diz. “Para proteger os produtores rurais de perdas, que impactariam os custos das cadeias produtivas de proteínas animais, o setor requereu a prorrogação do prazo de semeadura 2019/2020.”
Estadão
Isto É Dinheiro – 14/01/20