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“Amigo” da inflação em 2017, o milho poderá mudar de lado e pressionar o custo de vida no país no ano que vem, tendo em vista a tendência de queda da produção doméstica nesta temporada 2017/18. E, no que depender da primeira projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) para a “safrinha” do Estado, a retração da oferta poderá superar as expectativas.
Segundo o órgão, a segunda safra do cereal, que será semeada a partir do fim de dezembro em áreas agora ocupadas por soja, renderá 24,7 milhões de toneladas, 18,8% abaixo do recorde de 2016/17. No ciclo passado, os mato-grossenses responderam por mais de 40% da safrinha nacional. E, como um todo, a segunda safra representou quase 70% da colheita brasileira.
A queda da produção do cereal prevista pelo Imea para a segunda safra de Mato Grosso decorre, em boa medida, da expectativa de retração de área plantada. E esse cenário reflete os preços menos atrativos do cereal na bolsa de Chicago e as chuvas mais tardias no Estado no ciclo atual, que atrasaram a semeadura da soja que será colhida no verão. A oleaginosa deixará os campos do Estado mais tarde que no ciclo passado, o que vai diminuir a janela ideal de plantio da safrinha de milho, que é plantada em seguida. “Tem muita gente que está desistindo do plantio de milho neste ciclo”, afirmou o gestor técnico do Imea, Ângelo Ozelame. Segundo ele, cerca de 30% do milho da safrinha 2017/18 será plantado fora da janela climática ideal, quando o volume de chuvas é adequado para a germinação. Essa janela vai de janeiro ao começo de março. No ciclo passado, 92% do plantio foi realizado dentro do período considerado ideal.
Ozelame lembrou que no ciclo 2015/16, quando houve grande quebra de safra em decorrência de adversidades climáticas provocadas pelo fenômeno El Niño, 35% da safrinha foi semeada fora da janela ideal. “Não quer dizer que haverá quebra, mas as lavouras ficam mais expostas ao risco”. A projeção do instituto prevê redução da área destinada ao milho safrinha de 10,3% em Mato Grosso em 2017/18, para 4,249 milhões de hectares. E, considerando clima menos favorável às lavouras, a previsão é que a produtividade caia 9,4%, para 97 sacas por hectare.
Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint -22/11/2017