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A suíça Syngenta subiu mais um degrau em sua estratégia de se tornar a segunda maior empresa no mercado global de sementes. Ontem, a suíça, agora sob controle da ChemChina, anunciou ter celebrado um acordo para comprar a Nidera Seeds, braço da chinesa Cofco International. Os termos e o valor da transação não foram divulgados. Em entrevista ao Valor, Claudio Torres, diretor de sementes da Syngenta para a América Latina, afirmou que a transação complementa o portfólio da companhia no Brasil e amplia a disponibilidade de genética e tecnologia da multinacional. “A Syngenta tem uma estratégia muito clara de crescimento em sementes e o Brasil tem uma importância crucial nessa área”, disse.
Líder no mercado brasileiro de defensivos, pelo menos até a aprovação da compra da americana Monsanto pela alemã Bayer, a Syngenta planeja subir para a segunda colocação no mercado de sementes no País. O plano não é novo, mas vem ganhando traços cada vez mais nítidos desde que a companhia integrou os negócios de químicos com o de sementes, ainda em 2008. Em março, Laercio Giampani, presidente da multinacional no Brasil, disse ao Valor que o País tem potencial para ser o primeiro mercado no mundo para a Syngenta. Na ocasião, Giampani disse que o Brasil já respondia por 20% do faturamento da companhia e perdia apenas para a América do Norte (Estados Unidos e Canadá), que em 2016 representou 25% de um montante global de US$ 12.8 bilhões. Aproximadamente 67% das vendas da divisão América Latina da Syngenta, que foram de US$ 3.3 bilhões, tiveram origem no Brasil.
A negociação anunciada ontem está em linha com a estratégia de crescimento no mercado brasileiro. “A Nidera tem um germoplasma de soja melhor que o da Syngenta e uma presença bem importante nesse segmento”, disse Jorge Attie, consultor da Céleres. O Brasil tem o terceiro maior mercado de sementes do mundo e, segundo a Kleffmann Consultoria, movimentou cerca de US$ 4.8 bilhões na safra 2016/17. No tabuleiro global de sementes, a Monsanto é líder com 27% de vendas totais que somaram quase US$ 40 bilhões em 2016, segundo a Phillips McDougall. Em seguida vem a também americana DuPont (17%), que já teve o processo de fusão com a compatriota Dow aprovado, e a Syngenta (7%). Segundo a Kleffmann, a divisão do mercado brasileiro não é muito diferente da global. No ano passado, a Monsanto foi a líder no mercado brasileiro de sementes, levando em conta soja, milho e algodão. A DuPont veio em seguida, à frente do Grupo Don Mario, da Nidera e da Dow Agrosciences. A Bayer CropScience ficou em sétimo lugar. Recentemente, a também alemã Basf anunciou a aquisição de boa parte dos negócios globais de sementes da Bayer.
Fonte: VALOR