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Na FIESC, secretário do Ministério da Agricultura disse que insumo para o ano que vem está garantido, mas alertou para a alta das exportações e para mudanças na logística que põem o sul em alerta.
Apesar de o secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Neri Geller, informar que o abastecimento do milho está garantido para o próximo ano, a agroindústria de Santa Catarina está preocupada com a disponibilidade do grão para os próximos anos. Em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizada nesta quinta-feira (26), em Florianópolis. Geller chamou a atenção para três pontos: o aumento das exportações de milho, déficit de armazenamento e mudança na logística que tem deslocado o escoamento dos grãos por meio dos portos do Norte e Nordeste, situação que deixa a agroindústria do Sul do País mais distante do insumo, além de elevar o preço da saca do grão. “Estamos com uma passagem desse ano para o ano que vem razoável de estoque. Recolocamos o estoque público de 400 mil toneladas para 1,4 milhão de toneladas, o que dá um pouco de segurança, mas não vai resolver o problema”, disse.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, destacou a importância do setor para a economia catarinense e do Brasil. “Temos plena consciência da importância da agroindústria. Na FIESC temos feito um grande esforço no sentido de apoiar o setor não como uma deferência, mas como obrigação e responsabilidade no sentido de prestigiar o segmento que, nos últimos anos, tem mantido o equilíbrio da economia de Santa Catarina graças ao desempenho da agroindústria. Se não tivéssemos a agroindústria forte que temos, eficiente e atualizada tecnicamente, certamente, Santa Catarina teria sofrido muito mais os efeitos dessa crise, da qual, felizmente, acreditamos que estamos saindo”, declarou, lembrando que o Estado tem crescido em produção, vendas, exportações e, principalmente, no emprego.
“Se não nos posicionarmos, vamos ficar sem milho. Há insegurança nessa questão”, afirmou o presidente da Câmara, Mário Lanznaster, que conduziu o encontro.
O secretário Geller informou que a produção nacional cresceu 28% neste ano, mas para 2018 talvez esse resultado não se repita em função do clima. “No centro-oeste e no sul do País o clima não está como foi no ano passado. Principalmente no centro-oeste, estamos 20 dias atrasados, o que compromete a janela de plantio da segunda safra, que é a principal do ponto de vista da produção de milho”, explicou.
Geller disse ainda que o momento atual do abastecimento do milho, especialmente para a agroindústria, é complexo. “Precisamos ter uma política bem definida porque o Brasil se consolidou nos últimos quatro anos como grande exportador de milho. Nosso produto está sendo muito aceito pelo mercado internacional. Devemos exportar esse ano de 30 a 35 milhões de toneladas, o que num primeiro momento parece ter muito milho no estoque, mas podemos num futuro próximo ficar, de novo, com deficiência. O governo está preocupado em não repetir o que ocorreu no ano passado”, ressaltou. Ele recomendou fortemente trabalhar na questão da armazenagem e disse que o governo financia com prazo de 15 anos e concede outros incentivos para tentar minimizar essa deficiência.
O secretário também chamou a atenção para as mudanças nos eixos de escoamento da produção. “Temos hoje a BR-163 que vai ter capacidade para transportar para o Norte cerca de 40% da produção nacional. Temos eixos de ferrovias que estão em fase de execução que vão mudar completamente o sistema de exportação do Brasil. Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e uma parte de Goiás vão começar a escoar pelo Norte”, alertou.
Durante o encontro também foram debatidos os temas: defesa sanitária animal e vegetal e a situação atual e as perspectivas do mercado nacional e externo de proteína animal.
Fonte: Assessoria de Imprensa – FIESC