Fundamentos básicos de direcionamento dos preços estão indefinidos no curto e médio prazo
O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago (CBOT) registrou na terça-feira (09.06) baixa de 1,50 ponto no contrato de Julho/20, fechando em US$ 8,6325 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT fecharam a sessão com desvalorizações entre 1,50 e 1,75 ponto.
“O mercado pesou o relatório semanal da safra do USDA, onde foi indicada ligeira melhora na condição ‘boa e excelente’. Ao mesmo tempo, o plantio continua progredindo em um bom ritmo. Por outro lado, o mercado permaneceu pendente de novas compras pela China. Lembramos que as aparições do gigante asiático estabeleceram o ritmo dos preços. Nota-se que, no final de hoje, possíveis negócios foram relatados”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
MILHO
De acordo com os analistas de T&F, o mercado agrícola mundial continua em “banho-maria”, uma vez que os fundamentos básicos de direcionamento dos preços estão indefinidos no curto e médio prazo: “A safra nos Estados Unidos segue saudável, com a cultura do milho numa das melhores condições de desenvolvimento vegetativo dos últimos anos, semelhante a safras recordes como as observadas em 2016 e 2018. Além do mais, com mais de 97% do cereal estadunidense já semeado e 89% já em emergência, os riscos climáticos vão se tornando limitados – uma vez que as projeções para Junho continuam favoráveis”.
“Além do mais, com o avançar da colheita da safrinha no Brasil, o mercado recebe relatos de produtividades que não parecem ser tão ruins quanto as expectativas de uma parte da indústria. A ARC ressalta que o cenário continua sendo pessimista para os preços do milho no globo, e no Brasil. Além de uma oferta robusta, a demanda pelo grão está em deterioração agora em 2020”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
AGROLINK – 10/06/2020
