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Os preços internacionais do milho registraram quedas mais acentuadas ao longo da quinta-feira (07). As principais cotações apresentaram desvalorizações entre 3,25 e 3,75 pontos negativos na Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,76, o maio/19 valia US$ 3,84 e julho/19 era negociado a US$ 3,92.
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, o mercado aumenta sua apreensão com a proximidade do USDA divulgar mais dados de vendas de exportação após o fechamento do governo. Embora as exportações totais possam atingir níveis recordes para o ano de comercialização de 2018, é improvável que os embarques ultrapassem o teto de 2,5 bilhões de bushels que limitou as vendas desde que o mercado global foi aberto na década de 1970.
O site Barchart acrescenta que a pressão é do resto do complexo de grãos e fraqueza no etanol. O relatório semanal de vendas de exportação atrasou quase um mês e mostrou 503.117 toneladas métricas em vendas de milho de safras antigas na semana de Natal que terminou em 27/12. Isso foi abaixo da semana anterior, mas ainda bem acima da mesma semana do ano passado.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, valorizações foram registradas apenas as praças de Porto Paranaguá/PR com 1,39% e preço de R$ 36,90, Oeste da Bahia com 1,47% e preços de R$ 34,50, Tangará da Serra/MT com 4,17% e preço de R$ 25,00 e Campo Novo do Parecis/MT com 9,09% e preço de 24,00.
Por outro lado, desvalorizações só foram acompanhadas nas praças de Campinas/SP com 1,23% e preço de R$ 39,40 e Luís Eduardo Magalhães/BA com 1,45% e preço de R$ 34,00.
De acordo com a XP Investimentos, a especulação está volta ao mercado de milho paulista. A dificuldade em adquirir milho tributado persiste devido a alta do frete e restringe os negócios ao diferido. O cenário gera oportunidade para que intermediários e silos elevem as pedidas e realizem seus lucros.
Ao menos no curto prazo, indústrias e granjas tentam se retrair, adquirindo somente o necessário. A expectativa destes é que a colheita local avance rapidamente em fevereiro e gere oferta robusta. Destaca-se ainda as chuvas que trouxeram certo alivio em algumas regiões produtoras.
Notícias Agrícolas – 07/02/2019