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Milho tem leve sopro de alta, mas insuficiente

A pesquisa diária do CEPEA apontou ontem (24/10) um avanço de 0,04% nos preços médios pagos em Campinas (SP). “Mas nem refrescou. Ainda ficou longe das pretensões dos vendedores, de modo que o mercado continuou da ‘mão para a boca’ e com pressão baixista”, disse o analista da T&F Consultoria Agroeconômica Luiz Fernando Pacheco. Segundo Pacheco, no mercado interno os compradores estão razoavelmente abastecidos e, quando necessitam comprar, o fazem só na medida exata da sua necessidade de curto prazo, para não reduzir os estoques em mãos dos vendedores: “A oferta atende com folga a demanda, de modo que os preços não sobem”. Com relação à exportação, o que seria uma forma de escoar o excedente do país, para o analista de Inteligência de Mercado da Consultoria INTL FCStone, João Macedo, o mais provável é que os embarques fiquem entre 20 milhões e 23 milhões de toneladas. “A principal razão para o fraco ritmo dos embarques é a menor competitividade do produto brasileiro em relação ao americano. Com a menor safrinha, nossos preços se descolaram (das cotações nos EUA) e perdemos competitividade”, explicou o analista. O levantamento da T&F Consultoria Agroeconômica aponta que os preços do milho brasileiro estão cerca de US$ 2,00 menores que os do milho...

Importações de grãos pela China despencam em setembro com a guerra comercial

As importações chinesas de grãos, como sorgo, despencaram em setembro em relação ao ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta terça-feira, atingidas pela escalada das tensões comerciais com os Estados Unidos e pelos altos preços em outros países. As importações de sorgo, largamente usada na China para alimentar o rebanho do país, caíram 76,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 90.000 toneladas, segundo os dados, impactados pelas tarifas chinesas sobre as commodities do principal fornecedor, os Estados Unidos. Apesar da queda, as importações de sorgo foram maiores do que o esperado, disse Darin Friedrichs, consultor de gerenciamento de risco da INTL FCStone em Xangai. "É definitivamente mais alto do que o esperado, dada à dependência da China dos EUA", disse ele. A Austrália provavelmente forneceu todas as importações de sorgo do mês passado, acrescentou ele. As importações de milho para o mês chegaram a 40.000 toneladas, queda de 83,4% no ano e o menor volume desde novembro de 2016, mostraram os dados. "Os compradores chineses compraram muito milho nos primeiros meses do ano e usaram grande parte de sua cota de importação em meio à alta...

Exportadores de milho miram a China

Líderes da Aliança Internacional do Milho, Estados Unidos, Brasil e Argentina são concorrentes com perspectivas diferentes no mercado internacional em meio às atuais tensões comerciais. Pam Johnson, produtora em Iowa, no Meio-Oeste dos EUA e ex-presidente da entidade, disse ao Valor ter “sérias preocupações” com o ambiente de guerra comercial que se criou porque os produtores americanos trabalharam muito para criar boas relações com a China, potencialmente um grande cliente. Agora, a constatação é que as exportações para o país asiático, que já eram pequenas, praticamente zeraram. “Estamos estocando milho e soja. Os preços caíram. No curto prazo, a situação é desafiadora”, disse ela. Segundo a Reuters, as importações de milho americano pela China aumentaram quase 240% no ano passado, para 757.000 toneladas. Mas desde a escalada da crise deflagrada por Donald Trump, os chineses estão comprando mais milho da Ucrânia dos que dos EUA. Na esteira das disputas com Washington, Pequim impôs sobretaxa de 25% sobre o milho e a soja procedentes dos Estados Unidos. A realidade, porém, é que no caso do milho já havia dificuldades para os americanos venderem por causa da enorme lentidão chinesa em fornecer...

Em queda livre, milho deve chegar ao custo de produção

Os preços do milho continuam em queda livre no mercado brasileiro, em direção ao seu custo de produção de R$ 32,00/saca. “Com a queda do dólar os preços de exportação não entusiasmam mais os vendedores que, com isto, acumulam estoques ainda maiores do que tinham acumulado com as recusas de vendas na tentativa de criar escassez e forçar os preços para cima no período de junho a setembro”, indicou a T&F Consultoria Agroeconômica. Segundo os especialistas, com altos estoques os vendedores ainda tem pela frente dois compromissos: pagamentos dos custos da safra de verão (que normalmente ocorrem em novembro) e limpeza dos armazéns para receber a safra nova, que começará a ser colhida em janeiro, em alguns estados. “Ambos são fatores de grande pressão sobre os preços e são a razão da queda quase contínua dos últimos 23 dias. A estes dois fatores se poderia adicionar a falta de soja para vender a fim de fazer caixa, pois os estoques da oleaginosa no país estão baixíssimos”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco. “Com a queda das cotações em Chicago na semana passada, a negociação antecipada da safrinha 2019 também ficou ‘totalmente’ parada. O recuo dos valores de compra é menos acentuado do que o...

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