Para atender a demanda que será cada vez maior, o Brasil precisa de um plano estratégico, que tenha apoio direto do governo, de incentivo à produção de milho. Foi o que destacou o presidente institucional da Abramilho, Cesario Ramalho, no webinar “Mais Milho”, realizado nesta quinta-feira (27).
De acordo com Ramalho, a procura pelo milho só cresce, desde a tradicional indústria alimentícia, passando pelas agroindústrias de carnes – onde o grão é o principal insumo -, até mais recentemente pelas usinas de etanol.
“Isso sem contar que até há alguns anos, não exportávamos milho, quadro que vem mudando, com o Brasil passando a ser exportador do grão”, ressaltou, acrescentado, ainda, que, mesmo a China, um grande produtor, passou a atuar no mercado global como país importador.
Ramalho explica que é esta conjuntura de demanda aquecida combinada a quebras de safra, devido à estiagem e pragas, que vem gerando este cenário de oferta mais limitada e preços altos para o milho, comprometendo, sobretudo, o abastecimento do setor de proteína animal.
Segundo o presidente da Abramilho, a realidade é que a produção nacional precisa crescer, e o produtor precisará de suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural, crédito equilibrado, entre outros pontos. Ademais, Ramalho acentuou que a entidade defende o livre mercado e que em um momento de oferta mais restrita, o setor produtivo precisa compreender que importações pontuais são necessárias.
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