Países em desenvolvimento produzem 14% a mais com OGMs

Além do aumento nos rendimentos, a tecnologia também diminui o uso de pesticidas

Uma meta-análise independente, produzida Departamento de Afiliação de Economia Agrícola e Desenvolvimento Rural da Georg-August-Universidade de Goettingen, na Alemanha, indicou que a adoção de culturas transgênicas em países em desenvolvimento aumentou o rendimento das colheitas em 14% a mais do que nos países desenvolvidos. De acordo com Stephan Neidenbach, especialista do portal geneticliteracyproject.org, esse é apenas um dos fatores que comprovam a importância dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).

O relatório também mostra que os ganhos de lucro dessas plantações aumentam em 60% a mais do que nos países desenvolvidos devido a esse aumento de rendimento, menor uso de pesticidas e porque muitos desses países não têm patentes de sementes tornando a semente mais barata. Eles são benéficos “especialmente pequenos agricultores nos trópicos e subtrópicos que sofrem de consideráveis danos causados por pragas que podem ser reduzidos através da adoção de culturas OGMs ”, diz ele.

Nesse sentido, ele diz que os OGMs chegam até a prejudicar as empresas de pesticidas. “Na Tailândia, um gerente comercial da Syngenta juntou-se aos protestos contra os transgênicos. Enquanto em outras partes do mundo a Syngenta os vende, em áreas onde eles não podem ter seus empregados locais prejudicados pela adoção da biotecnologia”, comenta.

“Uma razão pela qual a Bayer está comprando a Monsanto poderia muito bem ser que o sucesso dos produtos transgênicos ao estilo da Monsanto está reduzindo as vendas de seus pesticidas. O que faz sentido, considerando que a DuPont viu um declínio nas vendas de inseticidas com a introdução da nova soja da Monsanto”, completa.

AGROLINK – 17/04/2019