Mês: outubro 2018

Exportadores de milho miram a China

Líderes da Aliança Internacional do Milho, Estados Unidos, Brasil e Argentina são concorrentes com perspectivas diferentes no mercado internacional em meio às atuais tensões comerciais. Pam Johnson, produtora em Iowa, no Meio-Oeste dos EUA e ex-presidente da entidade, disse ao Valor ter “sérias preocupações” com o ambiente de guerra comercial que se criou porque os produtores americanos trabalharam muito para criar boas relações com a China, potencialmente um grande cliente. Agora, a constatação é que as exportações para o país asiático, que já eram pequenas, praticamente zeraram. “Estamos estocando milho e soja. Os preços caíram. No curto prazo, a situação é desafiadora”, disse ela. Segundo a Reuters, as importações de milho americano pela China aumentaram quase 240% no ano passado, para 757.000 toneladas. Mas desde a escalada da crise deflagrada por Donald Trump, os chineses estão comprando mais milho da Ucrânia dos que dos EUA. Na esteira das disputas com Washington, Pequim impôs sobretaxa de 25% sobre o milho e a soja procedentes dos Estados Unidos. A realidade, porém, é que no caso do milho já havia dificuldades para os americanos venderem por causa da enorme lentidão chinesa em fornecer ...

Em queda livre, milho deve chegar ao custo de produção

Os preços do milho continuam em queda livre no mercado brasileiro, em direção ao seu custo de produção de R$ 32,00/saca. “Com a queda do dólar os preços de exportação não entusiasmam mais os vendedores que, com isto, acumulam estoques ainda maiores do que tinham acumulado com as recusas de vendas na tentativa de criar escassez e forçar os preços para cima no período de junho a setembro”, indicou a T&F Consultoria Agroeconômica. Segundo os especialistas, com altos estoques os vendedores ainda tem pela frente dois compromissos: pagamentos dos custos da safra de verão (que normalmente ocorrem em novembro) e limpeza dos armazéns para receber a safra nova, que começará a ser colhida em janeiro, em alguns estados. “Ambos são fatores de grande pressão sobre os preços e são a razão da queda quase contínua dos últimos 23 dias. A estes dois fatores se poderia adicionar a falta de soja para vender a fim de fazer caixa, pois os estoques da oleaginosa no país estão baixíssimos”, disse o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco. “Com a queda das cotações em Chicago na semana passada, a negociação antecipada da safrinha 2019 também ficou ‘totalmente’ parada. O recuo dos valores de compra é menos acentuado do que o ...

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