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A perspectiva de uma grande safrinha de milho no Brasil já impactou os
preços do cereal. Em Goiás, as cotações cederam e a saca futura
está cotada a R$ 18,50, abaixo do valor mínimo fixado pelo Governo
para o Estado, de R$ 19,21/saca. Até o momento, pouco mais de 15% da
safra estimada em 7.8 milhões de toneladas, foi negociada
antecipadamente.
O consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
(FAEG), Cristiano Palavro, destaca que os valores também não cobrem os
custos de produção. “Temos um custo médio de R$ 2.500,00 por
hectare e se considerarmos um preço médio de negociação de R$ 19,00
a saca precisaríamos de uma produtividade entre 115 a 120 sacas por
hectare. Porém, a estimativa para essa safra é de 105 sacas do grão
por hectare”, disse.
No mercado disponível, os preços já cederam 32% desde o início do
ano. Atualmente, a saca do cereal está cotada a R$ 23,00. O cenário é
tão preocupante que o setor já tem se reunido com o Governo para
possível obtenção de medidas de apoio à comercialização da
safrinha.
“Estamos em conversação com a Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) para trazer essas medidas em tempo hábil aos produtores.
Através de leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP),
Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (PEPRO) e também leilões de
opções. São conversas que já estão bem avançadas”, disse
Palavro.
Além disso, os produtores rurais estão preocupados com a armazenagem
da safrinha. O silo bolsa será uma boa alternativa, porém, depois da
colheita da segunda safra, os produtores terão que escolher entre
vender soja ou milho, conforme acredita o consultor técnico.
No caso da soja, em torno de 55% da safra colhida já foi negociada até
o momento, percentual abaixo do registrado nos últimos anos. No Estado,
as cotações também recuaram e, em algumas localidades, o valor da
saca está abaixo de R$ 50,00. “Não é um valor remunerador, apesar
da boa produtividade média, de 55 sacas de soja por hectare. Também é
preciso considerar que tivemos custos próximos de R$ 3.500,00 por
hectare”, disse Palavro.
Fonte: FAEG